Bem-sucedida: Tecnologia social criada em Crato melhora vida de agricultores
por Alana Maria
Quem antes penava para armazenar água, agora pode ter a segurança de captar e mantê-la limpa graças a uma tecnologia social criada e desenvolvida no Cariri que tem melhorado a vida de muitos agricultores e agricultoras familiares da região.
A cisterna “Chapéu de Padre Cícero” foi criada pela Associação Cristã de Base (ACB), uma organização sediada em Crato que atua na convivência com a seca no semiárido, para otimizar o espaço dos quintais, poupando em impactos ambientais e liberando mais áreas cultiváveis para as famílias.
Instrumentos importantes para a convivência a seca, as cisternas servem para captação de água da chuva e armazenamento dessa “segunda água” que servirá para irrigação do cultivo e plantação, como explica a técnica da ACB, Nelzilane de Oliveira.
Mas não apenas isto. As famílias ganham em capacitações para manejo das tecnologias para garantir seu bom funcionamento, conscientização do uso e consumo da água e em comercialização dos seus excedentes de produção. “O que é essencial para a renda deles”, acredita Nelzilane.
Adaptada do modelo “Cisterna-Calçadão”, tecnologia social replicada pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no Nordeste, a “Chapéu de Padre Cícero” custa R$ 5.366,34 e tem 52 mil litros de potencial de armazenamento.
O diferencial de seu projeto é a ocupação do espaço, que parte do diagnóstico de que, muitas vezes, as famílias agricultoras não dispõem de grandes porções de terra.
EXPERIÊNCIA PRÁTICA
Pelo menos 17 famílias agricultoras de baixa renda em Nova Olinda, Santana do Cariri, Milagres e Crato receberam, gratuitamente, entre 2014 e 2015, as cisternas d’água para produção.
Em 2016, seis famílias do projeto Mulheres da Chapada também foram beneficiadas. Entre elas, um grupo de mulheres agricultoras do sítio Baixa do Maracujá, distrito de Santa Fé, Crato, encontraram na construção da cisterna de mesmo modelo a esperança e uma possível alternativa para os empasses da estiagem.
“Nossa esperança sempre é que chova logo e chova bem, mesmo que não chegue a tampa da cisterna”, disse a agricultora Cláudia. Para elas, o benefício imediato das cisternas é a reserva da água para abastecimento dos animais e irrigação do cultivo, e enquanto esperam as chuvas, recebem água de caminhões-pipa.
Beneficiadas pelo Sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), implementado no Cariri pela ACB e patrocinado pelo Programa Ecomundaça do Itaú Unibanco, o grupo de mulheres agora cultiva hortaliças, árvores frutíferas e cria galinhas para subsistência e comercialização de excedente.
PREMIAÇÃO
O modelo “Chapéu de Padre Cícero”, criado em 2006, foi certificado e premiado pela Fundação Banco do Brasil para tecnologias sociais bem-sucedidas nas áreas de saúde, educação, geração de renda, habitação, água, meio ambiente, alimentação e energia em 2013.
por Alana Maria
Quem antes penava para armazenar água, agora pode ter a segurança de captar e mantê-la limpa graças a uma tecnologia social criada e desenvolvida no Cariri que tem melhorado a vida de muitos agricultores e agricultoras familiares da região.
A cisterna “Chapéu de Padre Cícero” foi criada pela Associação Cristã de Base (ACB), uma organização sediada em Crato que atua na convivência com a seca no semiárido, para otimizar o espaço dos quintais, poupando em impactos ambientais e liberando mais áreas cultiváveis para as famílias.
Instrumentos importantes para a convivência a seca, as cisternas servem para captação de água da chuva e armazenamento dessa “segunda água” que servirá para irrigação do cultivo e plantação, como explica a técnica da ACB, Nelzilane de Oliveira.
Mas não apenas isto. As famílias ganham em capacitações para manejo das tecnologias para garantir seu bom funcionamento, conscientização do uso e consumo da água e em comercialização dos seus excedentes de produção. “O que é essencial para a renda deles”, acredita Nelzilane.
Adaptada do modelo “Cisterna-Calçadão”, tecnologia social replicada pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no Nordeste, a “Chapéu de Padre Cícero” custa R$ 5.366,34 e tem 52 mil litros de potencial de armazenamento.
O diferencial de seu projeto é a ocupação do espaço, que parte do diagnóstico de que, muitas vezes, as famílias agricultoras não dispõem de grandes porções de terra.
EXPERIÊNCIA PRÁTICA
Pelo menos 17 famílias agricultoras de baixa renda em Nova Olinda, Santana do Cariri, Milagres e Crato receberam, gratuitamente, entre 2014 e 2015, as cisternas d’água para produção.
Em 2016, seis famílias do projeto Mulheres da Chapada também foram beneficiadas. Entre elas, um grupo de mulheres agricultoras do sítio Baixa do Maracujá, distrito de Santa Fé, Crato, encontraram na construção da cisterna de mesmo modelo a esperança e uma possível alternativa para os empasses da estiagem.
“Nossa esperança sempre é que chova logo e chova bem, mesmo que não chegue a tampa da cisterna”, disse a agricultora Cláudia. Para elas, o benefício imediato das cisternas é a reserva da água para abastecimento dos animais e irrigação do cultivo, e enquanto esperam as chuvas, recebem água de caminhões-pipa.
Beneficiadas pelo Sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), implementado no Cariri pela ACB e patrocinado pelo Programa Ecomundaça do Itaú Unibanco, o grupo de mulheres agora cultiva hortaliças, árvores frutíferas e cria galinhas para subsistência e comercialização de excedente.
PREMIAÇÃO
O modelo “Chapéu de Padre Cícero”, criado em 2006, foi certificado e premiado pela Fundação Banco do Brasil para tecnologias sociais bem-sucedidas nas áreas de saúde, educação, geração de renda, habitação, água, meio ambiente, alimentação e energia em 2013.
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