Governadora Izolda Cela sanciona lei que cria o Programa Estadual Escolas da Cultura
Mais educação cultural para os estudantes cearenses. A governadora Izolda Cela sancionou, na noite desta segunda-feira (26), a criação do Programa Estadual Escolas da Cultura. Durante a solenidade, a governadora também prestigiou a exposição “Jardineiro do Palácio”, composta por imagens do Seu Eduardo Ângelo, o conhecido jardineiro e artista plástico que cuida dos jardins Palácio da Abolição.
“Esse é um momento bem significativo, tanto pelo lançamento da exposição das obras do Eduardo Ângelo, quanto pela sanção da Lei do programa das Escolas da Cultura”, pontuou a governadora Izolda Cela. “Eu tenho dito que esse momento é muito significativo porque estamos realizando entregas que geram movimento para a sequência da nova gestão”, completou.
Profissionalização e cultura
De autoria do Governo do Ceará, o projeto de lei 148/22 cria o Programa Estadual Escolas da Cultura, que compreende uma política abrangente de formação e de profissionalização nos campos das artes e da cultura no Ceará.
“Esse programa parte da premissa de que não existem modelos únicos e totalizantes para formação, portanto podemos ter modelos distintos. Ele parte da própria rede pública de equipamentos culturais do Estado”, explicou o secretário da Cultura do Ceará, Fabiano Piúba. “A gente compreende o Governo do Estado ter essa rede de escolas [culturais] para o desenvolvimento de competências e capacidade na área das artes e como essa área pode movimentar emprego e renda, movimentando assim, a economia criativa e da cultura”, completou.
A iniciativa inclui a promoção e ampliação da democratização do acesso à capacitação técnica e profissional para inserção no mercado de trabalho, geração de renda, protagonismo social, qualificação e produção simbólica na esfera cultural, cidadania e diversidade cultural. Para além dos equipamentos públicos, também entram nessa luta pela propagação da cultura, instituições de artes da sociedade civil através do edital “Escolas Livres”. Para “reconhecer e potencializar essas experiências”, como destacou o secretário da Cultura.
“Esse passo faz parte desse crescimento, desse movimento de elevação de um status do trabalho cultural aqui do Ceará. Eu vejo que agora torna tudo mais comprometido, essa lei nos compromete cada vez mais com essa força da arte como objeto de transformação. Transformação de pessoas pelo saber, pelo compartilhamento de experiências”, afirmou a governadora.
Entre os objetivos da Lei, estão promover distintos espaços para formação livre, profissional, técnica e acadêmica com currículos e programas inovadores nas áreas das artes e da cultura, com ênfase na juventude, estudantes, artistas, produtores e gestores culturais. Além disso, ofertar cursos livres e profissionalizantes de nível básico e médio em arte e cultura, considerando os arranjos produtivos, vocações territoriais, o patrimônio cultural e natural, bem como as expressões culturais, linguagens artísticas, cadeias criativas e eventos predominantes nas regiões do Estado.
Também está inserido na lista de objetivos, promover, ampliar e descentralizar o acesso aos processos de formação e produção de conhecimento em arte e cultura. “Eu penso que a gente cumpre assim uma tarefa fundamental. Com certeza assim, a gente chega mais perto do que imaginamos para o nosso estado, nossa sociedade. Com uma cultura como motor de transformação”, pontuou Izolda.
Cultivando arte
A exposição “Jardineiro do Palácio”, mostra, através de fotografias do cearense Galba Sandras, as obras de arte artesanais de Eduardo Ângelo, o jardineiro do Palácio da Abolição. Cearense, natural de Pentecoste, o artista jardineiro constrói sua trajetória produtiva, reciclando matéria-prima natural. A sua favorita é a Carnaúba, que o artista considera a “bandeira do Nordeste”
“Carnaúba é a bandeira do Nordeste. Ela está situada em todos os sertões. Você vê que todos os mapas ficam secos, a vegetação toda seca, mas a carnaúba, não. E ela serve para muitas pessoas no sertão tirarem o seu sustento”, explicou Eduardo Ângelo.
O artista popular transforma o espaço público há mais de uma década e agora recebeu uma galeria a céu aberto como celebração ao seu trabalho. A exposição está localizada em frente à praça do MIS e na fachada do Palácio da Abolição. “Aqui, na Barão de Studart, passa muito turista. Quando eles passam e perguntam sobre as artes, às vezes, estou ali cuidando dos jardins, e as pessoas vêm falar comigo, batem foto, batem palmas. É muito bom ser reconhecido, principalmente trazendo essa cultura do Nordeste”, pontuou Eduardo.
O diretor do MIS, Silas de Paula, também destacou o papel do museu na divulgação do artista cearense. “Esse é o papel do museu, de lembrar e dar visibilidade a todas as pessoas que trabalham tão bem”, enfatizou o diretor.
Admiradora da arte do jardineiro de muito tempo, a governadora Izolda Cela, destacou alguns pontos que sempre chamaram atenção nas obras presentes no seu dia a dia. “Sempre me chamou muito atenção pela qualidade e pela capacidade de transformação. Eu espero que esse trabalho possa ser conhecido e reconhecido por outras pessoas e fazer com que essa arte entre cada vez mais no circuito [da arte]”, concluiu a governadora.
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