Aberta oficialmente exposição de Sérvulo Esmeraldo na URCA
Com perspectiva de receber grande público até o dia 8 outubro, foi aberta, no último sábado, em solenidade na Universidade Regional do Cariri (URCA), a exposição ‘Sérvulo Esmeraldo: A Linha, A Luz, O Crato’, um marco na sua trajetória artística, de âmbito nacional e internacional, e a segunda grande mostra do seu trabalho, em sua cidade natal. O evento foi aberto com a presença do artista, intelectuais e autoridades da região e ocorre na comemoração dos 30 anos da URCA e 88 anos do artista. Ele tomou posse, na ocasião, na cadeira de número 40, do Instituto Cultural do Cariri (ICC), tendo como patrono o também artista Aldemir Martins.
São 58 peças expostas, algumas delas inéditas, distribuídas na URCA, no campus do Pimenta. Além de três monumentais trabalhos que permanecem à frente do Seminário São José, na Encosta do Seminário, onde Sérvulo estudou, na sua Infância. Um retorno às origens do artista. Nas lembranças dos momentos de menino, inspirado pelos ares da Chapada do Araripe, o escritor e médico, Napoleão Tavares Neves, recordou as peripécias da criancice do artista. Da ocasião que motivou a sua expulsão do colégio, por conta de leituras proibidas do escritor baiano, Jorge Amado, e o levou a voos mais altos, a partir da sua mudança para a Capital cearense.
A exposição é uma das maiores já realizadas em Crato, e tem curadoria de Dodora Guimarães, esposa de Sérvulo. Ela afirma que, primeiramente, a ideia era fazer uma exposição que desse conta da produção do artista, já que era tão almejada por ele, e que fosse uma mostra significativa do seu trabalho. “Uma exposição é sempre dependente do espaço que a acolhe. Então, levou-se muito em conta a área disponível na URCA e da Encosta do Seminário”, diz. A ideia era mostrar a obra pública do artista e o espaço que mais se adequaria seria o da Encosta, até mesmo por ter o vínculo histórico importante. Na URCA, as áreas abertas foram privilegiadas.
“O Sérvulo tem um trabalho voltado para a arte pública. Tem um pensamento da obra ser interativa e esse foi o fio condutor para a nossa escolha”, afirma. Ela destaca a importância do evento por fazer parte de um sonho do artista, que começou no casarão da Bebida Nova, onde o ele nasceu.
Há a possibilidade de doação de uma das peças do artista para o Crato, mas, segundo Dodora Guimarães, uma obra de arte precisa ser preservada e somente com a responsabilidade para adoção do trabalho pelo Município, ficará na cidade. “Ele fez muitos projetos para o Crato”, ressalta. A curadora também afirma que pode ser pensada eventualmente a doação de uma obra para a Universidade.
O Reitor da URCA, Patrício Melo, destacou a arte como revolucionária e com o poder de transformar as pessoas. “Produz projeções físicas e no imaginário. É indispensável”, ressalta. Ele falou do retorno de Sérvulo Esmeraldo à sua terra natal para realizar a sua segunda grande exposição. “A Urca recebe essa exposição de braços abertos”, diz ele.
Na manhã da última sexta-feira, foi iniciada uma série de palestras na URCA, com alunos dos cursos de Artes Visuais e Teatro, sobre o autor e sua obra, com palestra da curadora, Dodora Guimarães. Patrício Melo também pontua a importância da exposição para o Cariri, Ceará e Brasil. “A linha, A Luz, O Crato, poderia ser um verso da poesia de Fernando Pessoa, que em seu livro diz que toda a vida da alma humana é um movimento de penumbra”, relata.
O homem que lembra da cor do traçado da linha do horizonte que envolvia o seu universo infante e suas belezas, traz a sua observação milimetricamente detalhada, em forma de uma coleção de imagens.
Cada uma delas, com sua história, uma biografia. São apresentadas esculturas, relevos, gravuras e desenhos inéditos da série ‘Suíte Araripe’.
Sérvulo Morou e trabalhou em São Paulo, Paris e, atualmente, em Fortaleza. Expôs nas principais Feiras e Salões de Artes ao redor do mundo. “Um inventor”, como define o pesquisador e escritor Gilmar de Carvalho. “Traz dentro de si a inquietude que se traduz em criação. Formou, ao longo da vida, um repertório diversificado e domina técnicas com as quais faz arte”, elogia.
O Secretário de Cultura do Estado, Fabiano Piuba, afirma que esse momento de retorno de uma trajetória de vida é histórico, muito bonito, e uma oportunidade para que os estudantes da URCA, a população caririense possa vir à Universidade, ‘atravessar e se sentir atravessados por essa obra do Sérvulo Esmeraldo”, diz. Ele ainda destaca que o Sérvulo é um dos grandes expoentes dessa arte, que é escultura, mas ao mesmo tempo estabelece um diálogo e uma interação com o público expectador.
Além de escultor, Sérvulo é xilógrafo, gravador, ilustrador e pintor. A exposição acontece por meio de uma parceria do Governo do Estado, URCA com apoio da Pró-reitoria de Extensão, nas comemorações dos 30 anos da instituição, e Instituto Sérvulo Esmeraldo.
Com perspectiva de receber grande público até o dia 8 outubro, foi aberta, no último sábado, em solenidade na Universidade Regional do Cariri (URCA), a exposição ‘Sérvulo Esmeraldo: A Linha, A Luz, O Crato’, um marco na sua trajetória artística, de âmbito nacional e internacional, e a segunda grande mostra do seu trabalho, em sua cidade natal. O evento foi aberto com a presença do artista, intelectuais e autoridades da região e ocorre na comemoração dos 30 anos da URCA e 88 anos do artista. Ele tomou posse, na ocasião, na cadeira de número 40, do Instituto Cultural do Cariri (ICC), tendo como patrono o também artista Aldemir Martins.
São 58 peças expostas, algumas delas inéditas, distribuídas na URCA, no campus do Pimenta. Além de três monumentais trabalhos que permanecem à frente do Seminário São José, na Encosta do Seminário, onde Sérvulo estudou, na sua Infância. Um retorno às origens do artista. Nas lembranças dos momentos de menino, inspirado pelos ares da Chapada do Araripe, o escritor e médico, Napoleão Tavares Neves, recordou as peripécias da criancice do artista. Da ocasião que motivou a sua expulsão do colégio, por conta de leituras proibidas do escritor baiano, Jorge Amado, e o levou a voos mais altos, a partir da sua mudança para a Capital cearense.
A exposição é uma das maiores já realizadas em Crato, e tem curadoria de Dodora Guimarães, esposa de Sérvulo. Ela afirma que, primeiramente, a ideia era fazer uma exposição que desse conta da produção do artista, já que era tão almejada por ele, e que fosse uma mostra significativa do seu trabalho. “Uma exposição é sempre dependente do espaço que a acolhe. Então, levou-se muito em conta a área disponível na URCA e da Encosta do Seminário”, diz. A ideia era mostrar a obra pública do artista e o espaço que mais se adequaria seria o da Encosta, até mesmo por ter o vínculo histórico importante. Na URCA, as áreas abertas foram privilegiadas.
“O Sérvulo tem um trabalho voltado para a arte pública. Tem um pensamento da obra ser interativa e esse foi o fio condutor para a nossa escolha”, afirma. Ela destaca a importância do evento por fazer parte de um sonho do artista, que começou no casarão da Bebida Nova, onde o ele nasceu.
Há a possibilidade de doação de uma das peças do artista para o Crato, mas, segundo Dodora Guimarães, uma obra de arte precisa ser preservada e somente com a responsabilidade para adoção do trabalho pelo Município, ficará na cidade. “Ele fez muitos projetos para o Crato”, ressalta. A curadora também afirma que pode ser pensada eventualmente a doação de uma obra para a Universidade.
O Reitor da URCA, Patrício Melo, destacou a arte como revolucionária e com o poder de transformar as pessoas. “Produz projeções físicas e no imaginário. É indispensável”, ressalta. Ele falou do retorno de Sérvulo Esmeraldo à sua terra natal para realizar a sua segunda grande exposição. “A Urca recebe essa exposição de braços abertos”, diz ele.
Na manhã da última sexta-feira, foi iniciada uma série de palestras na URCA, com alunos dos cursos de Artes Visuais e Teatro, sobre o autor e sua obra, com palestra da curadora, Dodora Guimarães. Patrício Melo também pontua a importância da exposição para o Cariri, Ceará e Brasil. “A linha, A Luz, O Crato, poderia ser um verso da poesia de Fernando Pessoa, que em seu livro diz que toda a vida da alma humana é um movimento de penumbra”, relata.
O homem que lembra da cor do traçado da linha do horizonte que envolvia o seu universo infante e suas belezas, traz a sua observação milimetricamente detalhada, em forma de uma coleção de imagens.
Cada uma delas, com sua história, uma biografia. São apresentadas esculturas, relevos, gravuras e desenhos inéditos da série ‘Suíte Araripe’.
Sérvulo Morou e trabalhou em São Paulo, Paris e, atualmente, em Fortaleza. Expôs nas principais Feiras e Salões de Artes ao redor do mundo. “Um inventor”, como define o pesquisador e escritor Gilmar de Carvalho. “Traz dentro de si a inquietude que se traduz em criação. Formou, ao longo da vida, um repertório diversificado e domina técnicas com as quais faz arte”, elogia.
O Secretário de Cultura do Estado, Fabiano Piuba, afirma que esse momento de retorno de uma trajetória de vida é histórico, muito bonito, e uma oportunidade para que os estudantes da URCA, a população caririense possa vir à Universidade, ‘atravessar e se sentir atravessados por essa obra do Sérvulo Esmeraldo”, diz. Ele ainda destaca que o Sérvulo é um dos grandes expoentes dessa arte, que é escultura, mas ao mesmo tempo estabelece um diálogo e uma interação com o público expectador.
Além de escultor, Sérvulo é xilógrafo, gravador, ilustrador e pintor. A exposição acontece por meio de uma parceria do Governo do Estado, URCA com apoio da Pró-reitoria de Extensão, nas comemorações dos 30 anos da instituição, e Instituto Sérvulo Esmeraldo.
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