Longametragem "A LENDA DO GATO PRETO" chega ao Cariri com exibições gratuitas

O premiado longa-metragem “A Lenda do Gato Preto”, do cineasta Clébio Viriato Ribeiro, chega ao Cariri e será exibido pela primeira vez em Juazeiro do Norte, Nova Olinda e em Crato, com entrada gratuita.
Enquanto não chega as salas de cinema, seguindo sua trajetória de exibições pontuais, a região do Cariri terá no mês de setembro a oportunidade de ver nas telas de cinema “A Lenda do Gato Preto”, premiado com o Trofeu Ouro Prêmio Internacional de Direitos Humanos/Indonésia.
As exibições fazem parte da estratégia de promoção e difusão do longa-metragem que deste sua avant-première que aconteceu em junho de 2015, dentro da programação do 25º Cine Ceará, em Fortaleza vem cumprindo uma agenda em festivais, mostras e cineclubes, conquistando público diverso no Brasil e Exterior.

Contrariando o estereótipo apresentado pelo cinema nacional em relação ao Nordeste, “A Lenda do Gato Preto” se passa no sertão, mas não fala de seca, fome, miséria e cangaço. Ao contrário, exalta a força da cultura cigana e sua contribuição para formação de nossa identidade cultural. Uma proposta que respeita as diferenças das minorias étnicas, reconhecendo o legado que o povo cigano (notadamente os que passaram pelo sertão nordestino em meados do século passado) deixou às futuras gerações.
O filme, feito em sistema de Coprodução com empresa Red Line Filmes, do Rio de Janeiro, tem como mote inspirador uma lenda urbana da cidade Quixadá, localizada a 168km de Fortaleza. Trata-se da lenda da menina-gato. Na década de 70 uma garota de nome Fátima, subia pela parte mais íngreme da Pedra do Cruzeiro, com mais de 90metros de altura, sem ajuda de nenhum equipamento e quando descia, falava que era um gato que a puxava até o topo da pedra.
Repleto de misticismo, com tons de surrealismo fantástico, e uma história de amor entre um trapezista de circo e uma filha de comerciante, a temática do filme é transcendental, lúdica e divertida, ideal para diversos públicos. Feito para mexer com imaginário de muita gente, a produção espera atingir um público extenso, garantindo a propagação da obra para outras praças.
Ciganos e lenda urbana
Porque um filme sobre ciganos? Ao contrário dos índios, hoje também uma minoria, os ciganos nem sequer são citados na Constituição Federal. A defesa dos direitos e interesses ciganos, no entanto, é bem mais difícil e complexa.
A cultura cigana representa um conjunto de tradições e crenças que desafiam os modelos sociais por defender o direito à diferença. Os ciganos, ao longo da história, são testemunhas do preconceito social e religioso, exatamente por não reconhecerem um Deus próprio, nem sacerdotes, nem pastor. Para os citadinos, cigano muitas vezes é sinônimo de esperto, vagabundo ou ladrão. Esse ranço histórico é cultivado, inclusive, pela literatura em torno de estórias e histórias vividas ou imaginadas.
O filme tem ainda como fio condutor uma lenda urbana de Quixadá que versa sobre uma garota que subia pela parte mais íngreme os 90 metros da Pedra do Cruzeiro sem ajuda de nenhum equipamento. Uma multidão se juntava no sopé da pedra para ver a garota e sua performance. Quando descia, falava para os populares que era um gato que a chamava e a conduzia para o topo da pedra.

Dias e locais exibição no Cariri
Dia: 02/9 (sexta-feira)
Local: Teatro Violeta Arraes – Nova Olinda
Horário: 19h

Dia: 03/9 (sábado)
Local: CCBNB Cariri – Juazeiro/CE
Horário: 18h

Dia: 05/9 (Segunda)
Local: SESC – Crato/CE
Horário: 19h

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